domingo, 6 de janeiro de 2013

Cidadão do Mundo, mas com Identidade Social

Certo colega da faculdade, de nacionalidade venezuelana, ao apresentar seu trabalho acadêmico sobre a história da educação foi indagado sobre a organização curricular no ensino regular em seu país. Ele respondeu da seguinte forma: “A organização curricular na Venezuela se assemelha muito ao do Brasil com ensino fundamental e ensino médio com matérias de matemática, história, biologia... para alcançar o ensino superior. Tal vez a única diferença seja a matéria de nacionalismo venezuelano. Me incomoda esta disciplina, pois nacionalismo é o equivalente a xenofobismo.”
É verdade, o culto ao hino, bandeira e outros símbolo da nacionalidade de determinado grupo, cria segregação, exclusão e fanatismo. Isto lembra a cultura fascista das décadas de 20 e 30 que a Itália de Mussolini e a Alemanha de Hittler com slogan de lealdade incondicional ao Estado burguês e repressão a outras minorias étnicas, imputavam ao seus compatriotas.
Em junho do ano passado postei um artigo no neste blog com o título “Constrangimento da Pedagogia”. Neste, dissertei a respeito da importância da disciplina de história regional e focalizada em determinada cultura e etnia para consolidar uma identidade já existente. Isto é importante pois as sociedades com identidades pouco consolidadas e consciência coletiva fraguimentadas tendem ser vítimas do poder das de forte capital social. A consolidação de uma identidade cultural e étnica não deve ser confundido com o nacionalismo e nem com xenofobismo e suas irmãs correlatas: racismo, homofobismo, machismo... que provoca tantos danos a sociedade mundial.