Certo colega da
faculdade, de nacionalidade venezuelana, ao apresentar seu trabalho
acadêmico sobre a história da educação foi indagado sobre a
organização curricular no ensino regular em seu país. Ele
respondeu da seguinte forma: “A organização curricular na
Venezuela se assemelha muito ao do Brasil com ensino fundamental e
ensino médio com matérias de matemática, história, biologia...
para alcançar o ensino superior. Tal vez a única diferença seja a
matéria de nacionalismo venezuelano. Me incomoda esta disciplina,
pois nacionalismo é o equivalente a xenofobismo.”
É verdade, o culto ao
hino, bandeira e outros símbolo da nacionalidade de determinado
grupo, cria segregação, exclusão e fanatismo. Isto lembra a
cultura fascista das décadas de 20 e 30 que a Itália de Mussolini e a
Alemanha de Hittler com slogan de lealdade incondicional ao Estado
burguês e repressão a outras minorias étnicas, imputavam ao seus
compatriotas.
Em junho do ano passado
postei um artigo no neste blog com o título “Constrangimento da
Pedagogia”. Neste, dissertei a respeito da importância da
disciplina de história regional e focalizada em determinada cultura
e etnia para consolidar uma identidade já existente. Isto é
importante pois as sociedades com identidades pouco consolidadas e
consciência coletiva fraguimentadas tendem ser vítimas do poder das de forte
capital social. A consolidação de uma identidade cultural e étnica
não deve ser confundido com o nacionalismo e nem com xenofobismo e
suas irmãs correlatas: racismo, homofobismo, machismo... que provoca
tantos danos a sociedade mundial.
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