quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Direita e Esquerda... existe alguma diferença ou semelhança?

Muitos eleitores no mundo politizado que pertencem a alguma atividade não governamental, indagam-se quanto a existência de uma esquerda partidária atuante nos dias de hoje: partidos verdes apoiando partidos que apoiam ruralistas desmatadores; partidos socialistas que ignoram ou reprimem com o uso de força policial, greves e outros atos trabalistas; partidos socialistas se aliando a partidos de direita que apoiaram em momentos anteriores regimes autoritários; índios expulsos de suas reservas por órgãos governamentais, tendo o Executivo com posicionamento partidário a esquerda em seu estatuto.
No período, não muito longíncuo da Guerra Fria, estar no meio entre a Direita e a Esquerda era um tanto inseguro no que tange as relações de confiabilidade dentro do grupo, inviabilizando qualquer posicionamento moderado. O golpe militar de 1964 acirrou esta distinção, e muitos optaram pela guerrilha para poder se existir como político.
Muitos partidos, que manifestam esta linha de posicionamento a esquerda, acabam se submetendo ao domínio de grandes corporações com o intúito de se manter estáveis e blindados contra os ataques de outros setores monopolizantes. Estes partidos, que na sua fundação, se comprometeram a defender a sociedade contra o capitalismo selvagem, optaram por uma linha mais suave e branda, retardando a supressão do status co. Sua justificativa se resume a isto: impotência para resistir a totalidade.
Estes partidos, de tendência a esquerda no seus estatutos, passaram a ocupar o Executivo e optando por um não enfrentamento entre o monopólio midiático. Flexibilizando as alianças com outros partidos de posicionamento distintos, passaram a adquirir maioria no legislativo e vitórias em eleições para Executivo. Tudo em nome do conforto do Poder. Estes partidos adotaram este posicionamento, muito em decorrência do poder que o capital ainda exerce nas relações políticas, financiando partidos e manipulando judiciário.
Os partidos de posicionamento a favor da manutenção da ótica vigente, estão paulatinamente perdendo espaços na ocupação de cargos eleitorais do Legislativos e Executivos, forçando estes a alianças com de posicionamento a esquerda. Muito em decorrência de um esgotamento do argumento desenvolvimentista e pouco social apregoado por seus líderes.
Os partidos como o PSOL, PSTU e PCB são os poucos que resistem a manipulação do status vigente. Adquiriram uma postura firme, contra o modelo dominante do capitalismo. São rotulados como fanáticos, em decorrência desta postura.
Apresentam refinada conduta moral sem usar isto como bordão político. Limitando, em assembleias, suas relações com outros partidos. Não se trata de moralismo exacerbado, e sim de se aliar com partidos e entidades que se familiarizem com seus posicionamentos políticos: rigor contra a corrupção e o real interesse na diminuição da desigualdade social. Estes adotam o interesse explícito de aliar-se com aqueles de mesmo posicionamento políticossocial.


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