sábado, 7 de abril de 2012

Os Ventos Manipulam Fantoches Soberanos


Ao longo da história houve diverso eventos naturais que preponderaram na mudança da atividade humana: terremotos, dilúvios, tsunames e outros fenômenos catastróficos manobraram ações e eventos significativo de nossa sociedade. Um destes, sem dúvida, foi responsável pela acensão da hegemonia inglesa no final do século XVI. Trata-se da tentativa fracassada de invasão espanhola a Inglaterra na ilha Gra-Bretânia.
Ao atravessar o canal da Mancha, a Armada Espanhola se depara com o policiamento inglês em sua costa que a intercepta com um ataque veloz mas sem resultados significativos. Os espanhóis ancoram em Calais com a intenção de esperar reforço para ocupar seu rival. Os britânicos sem munição atacam ao anoitecer utilizando os brulotes, embarcações não tripuladas, propositadamente incendiadas e aproveitam a correnteza e o vento favorável. Não tendo outra alternativa, são forçados a arrancar suas ancoras para desviar destas embarcações incandescentes. Na fuga, os espanhóis são obrigados a contornar a ilha saxônica para retornar a sua terra de origem com reforços e equipamentos pois ao sul os ingleses ancoraram e os ventos mantinham seu trajeto em direção ao norte . Ao chegarem na ilha irlandesa são surpreendidos por uma tempestade. O procedimento, nesta situação, é ancorar e esperar ventos mais brandos, mas estavam impossibilitados de pô-lo em prática, pois haviam cortados suas cordas que fixavam suas ancoras para escapar de ataque com brulotes no início do combate. O resultado, naus desgovernadas indo ao encontro das rocha dos paredões irlandeses; 20 mil marinheiros mortos e mais da metade de sua frota comprometida.
Mesmo sem munição, obtiveram sucesso ao derrotar seu invasor utilizando recursos naturais como os ventos e a correnteza marítima com os brulotes; obrigando-os a contornar sua costa para aproveitar ventos favoráveis e ao enfrentar uma tempestade suas embarcações são jogadas nos paradões irlandeses pois haviam arrancado suas ancoras para fujir do ataque anterior. Isto mostra que os fenômenos naturais são preponderantes nas mudanças históricas de nossa sociedade.
Hoje, por outro lado, a interferência se dá de forma inversa, mas causando o mesmo resultado, a intervenção da predestinação de nossa espécie e nicho ocupado. Poluímos o solo que produz nosso alimento; contaminamos o ar e envenenamos nossos rios, a propósito, este será nosso principal foco de debate, mais precisamente no rio Gravataí e seus afluentes, apontando problemas e propondo soluções sócio-ambientas e política gestorial. Este, por sinal, é o rio mais poluído da bacia do Jacuí recebendo os dejetos de mais de 2milhões de pessoas ao longo de suas margens e que fornece água para três cidades grandes do nosso Estado. O resultado desta interferência se reflete nos índices alarmantes que climatologista prognosticaram para o início deste milênio: o aumento de gases estufa como o metano e o monóxido de carbono aumentará a temperatura na atmosfera que implicará na elevação da temperatura do Pacífico que desencadeará o efeito El Niño em proporções gigantescas; causará desgelo da Antártida suspendendo o nível dos oceanos e tirando do mapa grandes cidades litorâneas, nações e ilhas com nível inferior a 3m. Mudanças macro-sociais serão inevitáveis.
Postado em gravataiagonizza.criarumblog.com em 11/10/11 de mesmo autor, Edgar Dornelles.

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